Posição muitas vezes injustiçada ganha centro de treinamento em São Paulo e pode virar exemplo para zagueiros, meio-campistas e atacantes
TAFFAREL CHEGOU A SER REPROVADO
SÃO PAULO - A posição de goleiro nunca foi das mais privilegiadas. O posto sob as traves é um dos que rende maior pressão no futebol e, por muito tempo, os jogadores que ficam "onde a grama não nasce" sofreram para se tornarem reconhecidos. Desde a década de 1970, com o surgimento dos preparadores de goleiros, a situação melhorou. Não o bastante para o ex-ídolo do São Paulo Zetti, que nesta segunda-feira lançou uma escolinha de futebol com ênfase só nos goleiros.
Em São Paulo, Zetti apresentou a escola Fechando o Gol. No espaço do Clube Banespa, no bairro de Santo Amaro, crianças, adultos, amadores e profissionais poderão se especializar na posição, num trabalho que num futuro próximo pode servir como espelho também para atacantes, meio-campistas e zagueiros.
O trabalho só com os goleiros se aproxima do que é feito em outras modalidades, como o basquete. Nos Estados Unidos, Pete Newell, um ex-jogador de basquete universitário, resolveu implantar aulas apenas para os pivôs, para dar mais ênfase à posição, e assim fundou a "Big Man Camp". Outros exemplos são no futebol americano, que possui treinadores específicos de acordo com as posições.
E, se revelar novos goleiros por este método funcionar, a experiência pode ser ampliada. "Acredito que isso pode ser o futuro para as outras posições", disse Zetti, durante evento de inauguração que reuniu goleiros de diversas gerações, como os campeões mundiais Félix, Taffarel, e outros como Ronaldo, Solitinho e Márcio, atual terceiro goleiro do São Paulo. "É um trabalho também muito mental, eu tive um equilíbrio muito grande por ter pessoas ao meu lado, me ajudando."
Para Gilmar, reserva na seleção tetracampeã em 1994, é uma vitória da posição. "Aquele que quer ser goleiro já tem onde aprender. E esse é o futuro. Podemos ver que esta foi a posição que mais evoluiu no futebol, então deve haver cada vez uma maior individualização".
Mas, se Zetti e Gilmar defendem escolas para outros jogadores, o ex-jogador Raí vai contra o discurso. "Quem quer ser goleiro já vai mais determinado a isso. É uma posição especial, algo à parte. Esta é a sacada da escola, já que aos dez anos um garoto que joga na rua, fora do gol, aprende quase tudo sozinho."
Além de formar novos talentos, a esperança no projeto é continuar com uma tradição que aumentou para os brasileiros. "Os goleiros estão mostrando muito talento no exterior, é um prêmio ver tanta qualidade saindo do Brasil", disse Taffarel, lembrando de nomes como Júlio César (Inter de Milão), Doni (Roma) e Diego Cavalieri (Liverpool). "Hoje o Brasil exporta goleiros e é respeitado lá fora", completou Gilmar.
Mesmo com sua nova função, Zetti garantiu que seguirá trabalhando como técnico, o que começou há cerca de sete anos. Ele foi técnico do Juventude no início desta temporada, mas foi demitido após uma seqüência de oito rodadas com apenas uma vitória.
O projeto
"A idéia começou há dois anos. Estava começando a faculdade de gestão esportiva", contou o ex-goleiro e hoje técnico. A inspiração veio de um pedido do cantor Branco Mello, do Titãs. "Ele veio me perguntar se havia um lugar para que seu filho treinasse como goleiro e percebemos que não havia escola para isso."
Para Zetti, a posição é uma das mais complicadas do futebol, pela pressão gerada. Assim, o trabalho implantado desde 1970 por Valdir Joaquim de Moraes, pioneiro como treinador de goleiros, fez a diferença. "Os goleiros melhoraram muito desde aquela época, pelo trabalho específico. É importante que seja dado este primeiro passo com uma escolinha e me sinto orgulhoso", comentou Valdir, que trabalhou com Zetti como profissional.
Não será só de olho nos grandes clubes que a escola Fechando o Gol funcionará. Além de treinos voltados a quem quer seguir carreira no campo, estarão abertas vagas para quem apenas gosta de jogar futebol no fim de semana, e para quem prefere as modalidades no salão e society.
Segundo o projeto apresentado, haverá duas quadras de tamanho reduzido - por trabalhar apenas com as proximidades do gol -, ambas com grama natural. A ênfase será tanto na parte teórica quanto na prática, com trabalho específico para o desenvolvimento físico, contando com intercâmbio de profissionais ligados à posição.
Em São Paulo, Zetti apresentou a escola Fechando o Gol. No espaço do Clube Banespa, no bairro de Santo Amaro, crianças, adultos, amadores e profissionais poderão se especializar na posição, num trabalho que num futuro próximo pode servir como espelho também para atacantes, meio-campistas e zagueiros.
O trabalho só com os goleiros se aproxima do que é feito em outras modalidades, como o basquete. Nos Estados Unidos, Pete Newell, um ex-jogador de basquete universitário, resolveu implantar aulas apenas para os pivôs, para dar mais ênfase à posição, e assim fundou a "Big Man Camp". Outros exemplos são no futebol americano, que possui treinadores específicos de acordo com as posições.
E, se revelar novos goleiros por este método funcionar, a experiência pode ser ampliada. "Acredito que isso pode ser o futuro para as outras posições", disse Zetti, durante evento de inauguração que reuniu goleiros de diversas gerações, como os campeões mundiais Félix, Taffarel, e outros como Ronaldo, Solitinho e Márcio, atual terceiro goleiro do São Paulo. "É um trabalho também muito mental, eu tive um equilíbrio muito grande por ter pessoas ao meu lado, me ajudando."
Para Gilmar, reserva na seleção tetracampeã em 1994, é uma vitória da posição. "Aquele que quer ser goleiro já tem onde aprender. E esse é o futuro. Podemos ver que esta foi a posição que mais evoluiu no futebol, então deve haver cada vez uma maior individualização".
Mas, se Zetti e Gilmar defendem escolas para outros jogadores, o ex-jogador Raí vai contra o discurso. "Quem quer ser goleiro já vai mais determinado a isso. É uma posição especial, algo à parte. Esta é a sacada da escola, já que aos dez anos um garoto que joga na rua, fora do gol, aprende quase tudo sozinho."
Além de formar novos talentos, a esperança no projeto é continuar com uma tradição que aumentou para os brasileiros. "Os goleiros estão mostrando muito talento no exterior, é um prêmio ver tanta qualidade saindo do Brasil", disse Taffarel, lembrando de nomes como Júlio César (Inter de Milão), Doni (Roma) e Diego Cavalieri (Liverpool). "Hoje o Brasil exporta goleiros e é respeitado lá fora", completou Gilmar.
Mesmo com sua nova função, Zetti garantiu que seguirá trabalhando como técnico, o que começou há cerca de sete anos. Ele foi técnico do Juventude no início desta temporada, mas foi demitido após uma seqüência de oito rodadas com apenas uma vitória.
O projeto
"A idéia começou há dois anos. Estava começando a faculdade de gestão esportiva", contou o ex-goleiro e hoje técnico. A inspiração veio de um pedido do cantor Branco Mello, do Titãs. "Ele veio me perguntar se havia um lugar para que seu filho treinasse como goleiro e percebemos que não havia escola para isso."
Para Zetti, a posição é uma das mais complicadas do futebol, pela pressão gerada. Assim, o trabalho implantado desde 1970 por Valdir Joaquim de Moraes, pioneiro como treinador de goleiros, fez a diferença. "Os goleiros melhoraram muito desde aquela época, pelo trabalho específico. É importante que seja dado este primeiro passo com uma escolinha e me sinto orgulhoso", comentou Valdir, que trabalhou com Zetti como profissional.
Não será só de olho nos grandes clubes que a escola Fechando o Gol funcionará. Além de treinos voltados a quem quer seguir carreira no campo, estarão abertas vagas para quem apenas gosta de jogar futebol no fim de semana, e para quem prefere as modalidades no salão e society.
Segundo o projeto apresentado, haverá duas quadras de tamanho reduzido - por trabalhar apenas com as proximidades do gol -, ambas com grama natural. A ênfase será tanto na parte teórica quanto na prática, com trabalho específico para o desenvolvimento físico, contando com intercâmbio de profissionais ligados à posição.
Um comentário:
PArabéns pelo projeto.Fechando o gol.
Preciso de contato pra falar cpm vcs , meiu filho é goleiro , passou pelo goias , disputou o CAmp PAulista /08 com 13 anos ,pelo Itarare .
Moramos em Sorocaba .
Sucesso pra vcs !!!!
Veruska SArdinha
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