sexta-feira, junho 02, 2006

E o Imperador?

Não entendo o pôrque, do não questionamento sobre o rendimento do atacante Adriano, nos treinos e no amistoso realizado pela seleção brasileira. Apesar dos 2 gols, foi visível a falta de ritmo e de mobilidade, que o Imperador apresentou durante todo o jogo. Adriano limitou-se a jogar na grande área e a uma zona próxima dela. Quem procurava jogo, tentava tabelas e buscava a bola no meio de campo, era Ronaldo Fenômeno(que todos acusam de estar gordo). Que aliás, fez um gol usando suas famosas arrancadas.
Minha preocupação é que o Imperador da Internazionale, desde o final da temporada européia, vem apresentando um futebol medíocre(chegou a ficar no banco de reservas) e que não lembra nada, aquela ânsia de gol que havia no camisa 7 da seleção, durante a Copa das Confederações. Provavelmente, durante o Mundial na Alemanha, Robinho deva assumir o posto no "quadrado mágico" no lugar de Adriano, se esse, continuar a apresentar um fraco futebol.

Fala sério!!!!

Depois dos dias de treinamento e do amistoso contra a seleção de Lucerna, os principais questionamentos abordados pelas mídias, em relação a seleção brasileira, foram: Os treinos não estão leves demais?O quarteto mágico vai funcionar?E o espaço deixado entre o Roberto Carlos e o Juan?Ronaldo Fenômeno está gordo?
Esses apontamentos são totalmente coerentes e relevantes. Mas é a própria mídia é que "cria" possíveis problemas. Há muita especulação sobre erros(nenhuma seleção está 100%) e acertos, e pouco futebol para acompanharmos antes da Copa do Mundo. Como os treinos, na Suíça, são uma rotina constante, resta aos jornalistas criarem notícias em cima de pequenos detalhes ou fatos banais(como a saída dos jogadores para uma boite durante a folga deles).

segunda-feira, maio 29, 2006

Críticos não jogam bola!

Em ano de Copa do Mundo é que realmente percebemos quem são os "verdadeiros protagonistas" do planeta bola: os críticos. Como as notícias concentram-se nas seleções que disputam o Mundial e no fim de semana temos alguns jogos do já desgastado Campeonato Brasileiro, restam aos críticos desdobrarem e comentarem as poucas notícias que são enviadas pela terra alemã.
Nessa ânsia de comentários é que muitos observadores pecam. O futebol é uma paixão, para o brasileiro "quase uma religião". Os críticos não escapam dessa sina, por isso, seus comentários, por muitas vezes, são explanações apaixonadas carregadas de emoções e significados particulares. Já dizia aquela famosa marchinha pré-Copa do Mundo: "Na torcida são milhões de treinadores..". Cada um possui uma opinião que, em vários momentos, é defendida até quando se está errado.
Não quero apontar erro em algum comentário, e sim, alertar que os críticos não jogam bola. São em sua essência comunicadores de informações pertinentes ao futebol. Passar dados, informar quem é o mais novo reforço, quem vai ser o titular...são exemplos de questões que deveriam estar sendo tratadas com maior ênfase pelos críticos,e não discutir durante quatro anos, se o esquema tático do técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, é o ideal para o futebol moderno. Críticos são coadjuvantes de um filme-espetáculo chamado "Futebol Arte".
A voz do povo, o chamado apelo popular é que deveria tirar ou colocar um jogador na equipe. E não a locução e os comentários de um narrador "global" sem carisma, acompanhado de "companheiros passivos", que vira-e-mexe vomita opiniões que doem o ouvido e irritam o telespectador que não tem opção de assistir seus jogos em outro canal. Analise as transmissões dos jogos de futebol e veja se a primeira Teoria da Comunicação, a Hipodérmica(a massa era tratada como um alvo que ao ser atingida, agia igual e passivamente aos estímulos feitos pelos meios de comunicação), não se encaixa perfeitamente nesse caso. Grande parte do público recebe e é afetado por essas informações e não filtram o que de fato está sendo dito.
Falo isso pois percebo uma manifestação, na internet, para tentar modificar a escalação do "trio-parada-dura" global. Entre no orkut e veja os e-mails acarretados de pessoas que querem uma outra postura desses "críticos" ou até, que eles fiquem fora da tv.
Façamos uma pesquisa nas ruas e vejamos quem está preocupado com o fato de o Ronaldo Fenômeno estar acima do peso ou não? Aposto que se ele fizer o que fez na Copa de 2002, ninguém vai lembrar de uns quilos a mais. Lembrando que, a falta de novidades no meio futebolístico leva esses comentaristas a atribuir importância a fatos extremamente banais.
Criticar é preciso, mas usando a razão e não opiniões apaixonadas(ou relevar fatos sem importância), para não cair no velho conhecido "lugar comum". Afinal, futebol se joga no campo e críticos não jogam bola.